segunda-feira, 14 de julho de 2008

POLICIAL FOI VÍTIMA DE SEQÜESTRO EM CAICÓ

O policial rodoviário aposentado Antônio Ilário de Almeida, residente no Bairro Paraíba, em Caicó, foi vítima na tarde de sexta-feira de um seqüestro virtual e perdeu mais de R$ 1 mil em recargas de telefones celulares para bandidos, provavelente de interior de presídio. Ele disse que seu telefone tocou e do outro lado ouviu a voz de uma mulher, semelhante a de uma filha sua que reside em Fortaleza, dizendo que tinha sido seqüestrada.

“Ela disse: pai, estou sendo assaltada, tomaram meu carro e estão me levando num Monza. Em seguida, uma segunda pessoa entrou, um elemento nervoso fazendo ameaças, a princípio pedindo R$ 5 mil. Posteriormente entrou um outro elemento mais diplomático e perguntou quanto eu tinha”, relatou.

O policial citou que disse aos desconhecidos ter R$ 1,5 mil e foi orientado a comprar cartões telefônicos. “Só vim perceber realmente que se tratava mais ou menos de um golpe quando apareceu no telefone o DDD 021 porque minha filha estava no Ceará, mas, mesmo assim, fiquei receoso que estivessem extorquindo minha filha no Ceará e os créditos sendo encaminhados para o Rio de Janeiro”, narrou.

As recargas de telefone, conforme informou Antônio Ilário, foram feitas em Casas Lotéricas e numa das transações, uma funcionária ajudou a fazer pelo fato do nervosismo da vítima. “A cada dois minutos, no máximo, eu recebia uma ligação a cobrar, exigindo e pedindo a posição, onde era que eu estava, para ver se tinha policial por perto e dizendo que eu tirasse a polícia da jogada”, narrou.

Antônio Ilário de Almeida informou que ainda perdeu R$ 1.050,00 colocando recargas nos telefones celulares de prováveis bandidos internos de um presídio. “Graças a Deus tudo terminou quando a bateria do meu celular começou a cair e minha mulher ainda conseguiu me dizer que parasse que estava tudo normal, que tinha conseguido falar com minhas filhas. A partir daí eu senti que era um golpe”, citou.

O policial rodoviário confessou que sua pretensão era continuar colocando recargas nos telefones dos bandidos. “Pela situação eu entregaria tudo pensando ser verdade”. Ele disse ainda ter recebido ligações anteriores de supostas empresas de cartões de crédito, que confirmaram informações pessoais. Ele acredita que conseguiram pegar alguns dados que favoreceram o golpe.

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