quinta-feira, 15 de maio de 2008

MEMBROS DE FAMÍLIA DEIXAM JUCURUTU SOB AMEAÇA DE MORTE

Alguns membros da família Pereira, residentes em Jucurutu, estão ameaçados de morte e por esse motivo, estão abandonando o comércio e as residências e se mudando para outras localidades. A confirmação foi dada por um deles (que pediu para preservar o nome). Já há uma seqüência de quatro mortes. Não há nenhum preso em decorrência dos fatos.

Tudo começou no dia 26 de novembro de 2006 quando o produtor rural José Leôncio Júnior, 38 anos, conhecido como Júnior de Zé Leandro, foi assassinado com v rios golpes de faca-peixeira. A polícia concluiu na época que o autor do crime foi Manoel Carlos Neto, 22 anos, conhecido como Cacá de Teté que trabalhava como vaqueiro para a vítima. O crime teria ocorrido por motivo fútil. O sítio Santa Luzia onde ocorreu o assassinato, apesar de ser próximo de Jucurutu, fica no município de Belém de Brejo do Cruz/PB.

Cacá se apresentou à polícia e ficou aguardando a decisão da justiça em liberdade. O marchante Manoel Teixeira, 65 anos, residente no bairro Acampamento em Caicó, morreu no dia do assassinato de Júnior de Zé Leandro. A vítima era seu sobrinho.
Manoel Teixeira sofria de problemas cardíacos e morreu após saber da morte de Júnior de Zé Leandro. Os dois corpos foram enterrados na mesma sepultura no cemitério Campo Jorge em Caicó.

Quarta-feira, dia 7 de maio, o comerciante Alderizo Pereira, 36 anos, conhecido como Didi, se encontrava em seu local de trabalho em Jucurutu, por volta das 16 horas quando dois homens se aproximaram em uma moto. O que estava na garupa desceu e atirou várias vezes contra Didi. A vítima foi levada para o hospital de Jucurutu, mas já chegou sem vida.

Didi já tinha perdido seu pai, o comerciante Abemor Pereira, assassinado com um tiro de espingarda calibre 12 nas costas quando chegava em casa à noite, na comunidade Barra de Sant'Ana, no município de Jucurutu no dia 18 de janeiro deste ano.
Terça-feira passada o comerciante Aldemir Pereira de Araújo, 28 anos, filho de Abemor e irmão de Didi, prestou depoimento ao delegado Pedro Melo onde afirmou que também está marcado para morrer. Explicou que seu pai convivia com uma irmã de Júnior de Zé Leandro. No depoimento citou que Abemor comentou que o assassinato de Júnior teria sido de forma covarde.

Segundo Aldemir, seu pai tinha sido ameaçado de morte por telefone, por um irmão de Cacá, identificado como Novinho. Á polícia, Aldemir Pereira contou que Abemor Pereira foi morto pelos pistoleiros Bartô Galeno e Galego de Antenor, da região de Janduís que são foragidos da justiça.A morte de Didi, segundo Aldemir, também foi anunciada.

Poucos dias antes do assassinato conforme consta no depoimento, um homem fez uma ligação telefônica para um telefone público localizado na comunidade Barra de Sant'Ana. Um popular que recebeu a ligação foi orientado a avisar a Didi que ele seria assassinado. "E ainda disse que posteriormente iam terminar a festa me matando e matando um tio meu chamado Chico Pereira", declarou Aldemir Pereira no seu depoimento.

No seu depoimento Aldemir Pereira citou que se for asssassinado a polícia poderá prender facilmente os assassinos e deixou a citação de dois nomes que seriam os responsáveis pela possível morte sua. Em meio a esses episódios, na noite de 18 de fevereiro deste ano, no Sítio Sant'Ana, nas proximidades do Distrito de Barra de Sant'Ana, a família do agricultor Ronaldo de Medeiros Guedes, foi vítima de um atentado à bala. Ele estava em casa com sua esposa e filhos quando sua residência foi metralhada.

Quem estava no interior da casa conseguiu se abrigar em locais que não foram atingidos pelos tiros. Ronaldo disse à polícia no dia seguinte que estava sendo acusado por membros da família Pereira de ter dado fuga aos dois pistoleiros que mataram Abemor. E citou o nome de Alderizo Pereira como um dos acusados do atentado. Ronaldo é primo de Cacá, que matou Júnior de Zé Leandro.

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