Confiança. Esse é o principal critério que definirá a nomeação dos novos nomes que passarão a compor o secretariado estadual a partir desta semana. O anúncio ainda não tem data fixada, mas vai ser feito entre os dias 10 e 15 próximos. Um nome está confirmado: o procurador da República no Rio Grande do Norte e ex-procurador regional eleitoral, Edilson Alves de França, assumirá o comando da Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Defesa do Social.
Outro nome que está com 90% de chances de participar do secretariado é o deputado estadual Gustavo Carvalho. A tendência é que ele assuma o Gabinete Civil, antes ocupado pelo deputado Wober Júnior (PPS). Não haverá alterações envolvendo as secretarias ocupadas pelo grupo de total confiança da governadora, como Planejamento (Vagner Araújo). Administração (Paulo César de Medeiros), Comunicação (Rubens Lemos Filho), Justiça (Leonardo Arruda) e Ação Social (Fabian Saraiva). As pastas que terão mudanças detém um terço do orçamento estadual.
Três fatores compõem o argumento para as alterações. O primeiro deles é o eleitoral. Secretários de governo que vão disputar as eleições deviam pedir exoneração até o dia 5 passado, conforme a legislação eleitoral. Nesse sentido, a secretária Larissa Daniela da Escóssia Rosado (PSB), que administrava a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca; e secretária Maria de Fátima Moraes, que cuidava da pasta de Articulações com os Municípios. Larissa Rosado saiu do governo para disputar a prefeitura de Mossoró, onde contará com o apoio da governadora Wilma de Faria. Já Fátima Moraes vai disputar a prefeitura de Assu.
O deputado Wober Júnior (PPS), que ocupava o gabinete Civil, também saiu em tempo hábil para disputar a eleição para Natal. E inclusive confirmou em entrevistas essa disposição. Mas segundo a TRIBUNA DO NORTE apurou, o deputado estaria interessado realmente em retornar ao governo do Estado. Em 2004, Wober Júnior apareceu também como pretenso candidato mas acabou mesmo foi sendo nomeado para a Secretaria Estadual de Educação. Este ano, segundo a TN apurou junto a fontes ligadas ao governo, é que essa dinâmica própria do deputado não vai surtir o suposto efeito esperado e ele deve mesmo permanecer na Assembléia Legislativa. Ou, quem sabe, se eleger prefeito de Natal.
O segundo fator que justifica as alterações é que a governadora quer retomar o ritmo que o governo apresentou quando começou e pelo menos até a transição do primeiro para o segundo mandato. O terceiro fator é menos objetivo, mas considerado mais importante. Wilma de Faria não quer mais no secretariado pessoas cujos projetos pessoais interfiram na administração. A fonte que repassou essas informações à TRIBUNA DO NORTE explicou que os secretários novos serão pessoas que apoiarão a governadora “faça bom tempo ou não”. “Serão pessoas de Wilma”, afirmou.
É com esse secretariado que a governadora pretende concluir seu segundo mandato. Não é porque o critério “confiança” será fundamental, no entanto, que os nomes terão apenas esse critério como definitivo. O perfil dos novos secretários obedecerá ainda duas característica: pessoas com qualidade técnica e política. Outra informação obtida é que a governadora tem pressa em promover essa reforma e está insatisfeita com a atitude de alguns secretários que, após saberem da substituição, resolveram retaliar pessoas que ocupam cargos de confiança dentro das secretarias.
Mudança na Educação é irreversível
Quatro secretários estão com a saída confirmada. Dois deles porque não passaram no teste de compromisso com a governadora Wilma de Faria: Ana Cristina Cabral Medeiros, da Educação; e João Alves de Carvalho Bastos, da Companhia de Processamento de dados do Rio Grande do Norte (Datanorte). O entendimento repassado à TRIBUNA DO NORTE é que ambos deram mostra de que não estão comprometidos com o projeto de Governo da governadora Wilma de Faria.
Os últimos acontecimentos políticos em Natal comprovam essa indicação: Ana Cristina Cabral participou do lançamento da candidatura do deputado Rogério Marinho, dia 5 de maio, no PSB; João Bastos não ficou ao lado da governadora durante a disputa interna no diretório municipal no qual ficou definido que o PSB vai apoiar a deputada Fátima Bezerra. “É um auxiliar que perdeu a confiança da governadora”. Foi dessa maneira que a fonte que repassou à TN informações sobre a reforma definiu o ainda diretor da Datanorte. E acrescentou: “Ele teve uma postura condenável”.
Os outros dois secretários que serão substituídos sem motivo político-eleitoral são Adelmaro Cavalcanti (Saúde) e Carlos Castim (Segurança). Quanto ao segundo, há informações de que a postura dele nas últimas semanas (após começarem as notícias da reforma) teria desagradado a governadora. Castim estaria retaliando auxiliares com os quais teve incompatibilidade. Isso estaria sendo promovido por meio de exonerações.
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