domingo, 22 de fevereiro de 2009

"IRACEMA SOARES DA SILVA",10 ANOS DE UMA FALTA QUE SÓ DEUS SABE AVALIAR...



Uma data realmente para comemorar, afinal mãe é única. E é insubstituível. Para os filhos não adianta o pai tentar outra quando a original morre ou o casal se separa. Eles sabem com qual alcunha a postiça será tratada: madrasta. Um substantivo feminino estigmatizado de tal forma na relação familiar que foi alçado à condição de adjetivo pejorativo: má, cruel. No dicionário, somente nos antônimos há um refresco, porque - como nos espelhos - há uma inversão: bondosa.
Mas vamos aqui falar apenas da mãe original, afinal todos nós temos ou já tivemos uma. Até a madrasta. Além desta, uma outra e muitas vezes injustiçada tem ou já teve e também é mãe: a sogra. Sim, sogra também é mãe. Se pelos genros e noras ela é tão vilipendiada - todas pagam pela má fama -, para os netos ela é mãe duas vezes. E a aura que reveste as vovós é extremamente positiva. As vovozinhas são sempre doces, acolhedoras, gentis. São a bonomia em pessoa. Pode no círculo familiar alguém ter dupla personalidade como nos filmes de ficção científica, uma hora boa, outra hora má? Ou isso é apenas implicância de genros e noras? As noras nunca devem esquecer que também elas um dia deverão ter a honra de serem sogras. Mas deixo essa polêmica para os psicólogos de plantão.
Quisera eu, como sei que milhares de pessoas também quereriam, ter ainda a minha mãe. Ela já faleceu. Quando a temos por quase toda a nossa vida, não importa a nossa idade, seremos sempre crianças. A atenção e o amor de mãe não nos permitem nunca atingir a fase adulta. É que mãe só sabe ser carinhosa. Até quando nos repreende ou castiga quer o nosso bem. É um alerta a nos desviar do perigo e a mostrar o caminho certo que a experiência e o amor de sua mãe lhe ensinaram.
Mãe, além de mãe, é o anjo da guarda dos filhos. E sendo assim, mãe nunca morre. As que já se foram estão em outro plano cuidando de nossa segurança. Quando em casos de extremo perigo dizemos: “Escapei porque meu anjo da guarda estava de plantão”, é certo que foi pela interferência da mãe alçada à condição desta entidade. Mas aí surge um problema: quem ainda tem a mãe viva, qual é o seu anjo da guarda? Uma ancestral materna que cuida dela e dos filhos.
O amor materno nos protege sempre. Mas mãe, bem sei, nunca se queixa; se reclamasse, tentaria saber as razões de algumas injustiças. Por que dizemos, quando queremos magoar alguém: “Filho de uma puta”? Ainda que realmente seja, puta é uma mãe como qualquer outra. A condição social ou moral de uma mulher não a desqualifica como mãe.
Acho que mãe devia ser venerada por decreto federal. E aí, quem desmerecesse a sua ou a de outrem pagaria uma pena. Talvez assim os árbitros de futebol fossem os primeiros beneficiados e suas mães pudessem ir aos estádios verem a atuação de seus filhos, vibrando de emoção mesmo que ouvissem em algum momento a torcida dizer, quando não concordasse com a arbitragem: “Filho de uma mãe!” Isso não é pejorativo. Até quem grita essa sentença é também filho de uma mãe. Todos nós somos, com muito prazer.Pois bem depois desta mensagem linda quero aqui deixar o meu registro a uma figura que já mais esquecerei,minha saudosa "IRACEMA SOARES DA SILVA" que no dia 20 último passado completava 10 anos de sua eterna partida.

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