quarta-feira, 11 de junho de 2008

TUMULTO NA PRISÃO DEIXA DETENTOS FERIDOS EM CAICÓ

Tumulto na prisão deixa detentos feridos em Caíco

Um tumulto na manhã desta quarta-feira (11) na Penitenciária Estadual do Seridó provocou ferimentos em três detentos. O major Marcos Moreira, diretor da unidade prisional, informou que foram dois problemas que ocasionaram um atrito maior. Inicialmente Eduardo Batista agrediu Gilmar Simões. “Um problema de menor gravidade”, comentou. Em seguida ocorreu o outro de maior proporção, gerado por um atrito que teve início na terça-feira (10). Segundo o diretor, o presidiário Giglinaldo Francisco de Oliveira, com mais três detentos, agrediram, na terça-feira, Osvaldo Aprígio da Silva. “Na terça Osvaldo Aprígio, como forma de vingança, se armou com um ferro e perfurou o Giglinaldo”, disse.

Foram levados ao Hospital Regional Giglinaldo, Osvaldo e Gilmar. Somente Giglinaldo ficou em observação médica. O major Marcos Moreira relatou que todos crimes internos ou extra-penitenciária, têm o álcool ou a droga por trás. “Não está nada confirmado, mas temos algumas informações que seria um acerto de contas em relação à comercialização de drogas no interior do presídio”. O diretor disse que não há estrutura para evitar a entrada de drogas na penitenciária. “Não basta só a vontade de querer fazer. Nós precisamos de estrutura. E nós sabemos, não é um problema de nossa penitenciária, é um problema de todas as penitenciárias do Brasil. Não tem como a gente detectar por exemplo uma droga introduzida numa vagina, não tem. Às vezes a gente faz a revista, mas não temos tecnologia para detectar”.

O diretor relata que os casos em que a polícia descobre que alguma mulher que tem relacionamento com detentos, leva drogas em dias de visitas, é através de informações. “Aí leva-se a pessoa para fazer o toque no ITEP e lá se confirmar ou não a presença da droga. Mas é uma coisa que não podemos fazer com todos os que visitam o presídio. A gente vai por amostra e corre o risco de não encontrar. Então é uma coisa muito difícil”, narrou. Com relação aos envolvidos na confusão, o major Marcos Moreira, observou que será aberta uma sindicância que acarretará em prejuízos para os detentos no tocante a alguns direitos que teriam na progressão de regime. “E ainda vão responder por crime de lesão corporal”.

O artesão Gilvan Simões, pai de Gilmar Simões, ao tomar conhecimento que seu filho tinha sido agredido, relatou que ele está marcado para morrer. O motivo da confusão desta quarta (11), segundo ele, é que Gilmar tem uma dívida relativa a drogas com outro preso e ainda roubou uma quantidade de maconha de um outro detento. "Mesmo eu estando fora do presídio sei que no máximo em trinta dias meu filho vai morrer”, relatou o pai de Gilmar Simões.

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