domingo, 14 de dezembro de 2008

HISTÓRICO DE SÃO SEVERINO... DO RAMO OU MÁRTIR?




São Severinus de Norticum

Conhecido também como São Severino do Ramo ou Mártir.

Severino era um rico cidadão Romano que deu os seu bens materiais para os pobres e foi viver no deserto de Egito. Ali ele ficou em um grande conflito em viver sozinho em oração ou atender ao chamado de Deus para evangelizar os descrentes.

Severino seguiu o chamado de Deus e foi para a Áustria em uma época que era uma estrada por onde passavam muitos invasores bárbaros. Severino mais ou menos no ano de 453 conheceu um misteriosos e desconhecido homem enviado por Deus para ajudar povo sofredor de Nortico. Ele não deu nenhuma informação de quem estava por traz dele, mas indicava seu alto posto e pela suas maneiras era um homem de educação, cultura e distinção. Ele aparentava ser uma romano africano de Cartago e um conterrâneo de São Agostinho de Hippo.
Atila, rei dos Hunos havia morrido e deixado um legado de destruição, confusão caos e a terra fértil e boa da Europa Central estavam a mercê de exércitos sem líderes e tribos prontas para saquear. Neste cenário de caos Severino chegou e construiu uma ermida perto de Viena. O trabalho não era fácil. Muitos ignoravam tudo que ele pregava, mas Severino tinha grande perseverança e continuou a pregar e fundou vários monastérios ao longo do Danúbio e fazendo um oásis de cristianismo neste terra sem Cristo.
Quando as suas palavras provaram serem verdadeiras eles o chamavam e ele calmamente os atendia e os ajudava. Ele descobriu que uma mulher rica havia escondido grandes quantidades de mantimentos e a persuadiu a da-las aos mais famintos. Ele pôs novos corações nos habitantes e deu a eles a coragem de fortalecer as defesas da cidade. Severino se interpôs no caminho dos Goths e o medo que eles tinham dele, era o medo da mão de Deus. Vários milagres são atribuídos a ele. Ele soltava os cativos, ajudava e confortava os oprimidos e os pobres, cuidava dos doentes e fazia todos os esforços para dar instrução ao católicos do Danúbio, no vale de Viena.
Ele fez ainda muitos milagres. Parece que ele afastou, com suas orações, a praga dos gafanhotos que ameaçava acabar com as colheitas e trazer mais fome. Devagar muitos austríacos aceitaram a sua fé.
Quando a nuvem de terror se levantou, ele saiu da sua ermida, mas continuou a trabalhar, conseguir e distribuir comida, libertar os cativos e conciliar tribos inimigas. Certa vez Odoacer, o mais audacioso dos bárbaros, veio procurar os seus conselhos e se ajoelhou para receber a sua benção. São Severino construiu várias igrejas e evangelizou grande parte da Áustria e da Bavária.
Ele tornou-se o santo mais popular da região. Mesmo no inverno quando o Danúbio ficava completamente congelado ele insistia em andar descalço e usar uma única túnica. É dito que ele nunca comia até o pôr do sol e permitia a si apenas uma refeição por semana. Por 30 anos este santo e ativo homem cujas origens continuam misteriosas era respeitados por todos. A tradição diz que ele previu a sua morte. Diz a lenda que ao deitar-se para morrer ele cantava : "Que todas as coisas que respirem louvem o Senhor". Assim morreu tranqüilamente e em paz. Seis anos após a sua morte seus restos mortais foram trasladados para Nápoles onde o grande Monastério Beneditino de São Severino foi construído para ser o santuário das suas relíquias.
Na liturgia da igreja as vezes ele é mostrado afastando os gafanhotos e as vezes com um ramo de cereal ou trigo que teria salvo e as vezes com uma armadura lembrando que repeliu os bárbaros.
No Brasil existe um Santuário em homenagem a São Severino, nas terras do antigo Engenho Ramos, na cidade de Paudalho, Pernambuco, que seria o maior centro de romaria do Estado. O Santuário é na Capela de Nossa Senhora da Luz, hoje mais conhecida como igreja de São Severino.
Existe uma imagem que teria sido trazida de Roma por um filho da então proprietária do engenho. Também não se sabe quando começou a romaria, porém, encontram-se relatos de milagres em meados do século XIX, e foi necessária a ampliação da Capela no início do XX, visto o intenso fluxo de peregrinos ao local.
A imagem do Santo, deitado e em tamanho natural, está no altar lateral esquerdo. É para lá que todos se dirigem. É tratado simplesmente como São Severino, ou como "São Severino do Ramo", ou ainda "São Severino dos Ramos" em virtude do nome do engenho. Esta confusão levou a que o grande dia de romaria seja no Domingo de Ramos, e não no dia 08 de janeiro. Parece que originalmente a roupa da imagem era azul. Esta nova, vermelha, foi confeccionada em substituição a anterior, deteriorada em virtude do assédio de romeiros que espetavam o Santo acreditando que sangraria.

Sua festa é celebrada no dia 8 de janeiro.

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