terça-feira, 20 de maio de 2008

PSB E PMDB CONCORDAM EM AMPLIAR A COLIGAÇÃO


Henrique Eduardo, Wilma de Faria e Garibaldi Filho fizeram um balanço das alianças no RN.

O PSB e o PMDB concordam que a aliança majoritária (que inclui o PT) seja ampliada para a coligação proporcional. A concordância entre os partidos surgiu consolidou-se sábado passado, numa reunião que contou com a presença da governadora Wilma de Faria e do prefeito Carlos Eduardo (PSB) e do senador Garibaldi Filho e do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB). Henrique Eduardo disse que agora, mais do que nunca, cabe ao PT resolver a questão.

O deputado federal explicou que pode até não ser a melhor opção, mas que pelo êxito do projeto de composição que assumiram os partidos da base do presidente Lula, todos concordaram em coligar proporcionalmente. Henrique Eduardo Alves informou que na conversa de sábado não foi tratada com o PMDB a possibilidade de algum membro do partido passar a integrar o governo estadual em substituição a algum secretário que deixará o governo na reforma que será realizada. “Como disse Garibaldi, esse assunto é proibido no PMDB. Não é hora de discutir isso. O importante agora é buscar a vitória eleitoral”, afirmou.

Henrique Eduardo Alves explicou que após tratarem do tema “coligação proporcional”; a conversa girou em torno das alianças em diversos municípios do Estado. Ontem, ao sair de uma reunião administrativa, a governadora Wilma de Faria informou que há a expectativa de que o PMDB e o PSB estejam juntos em 74 municípios potiguares. O deputado federal explicou que isso virá naturalmente, sem atropelos. “Se estamos fazendo isso na capital, por que não no interior?”, questionou.

Quanto à possibilidade da composição integrada por partidos da base do presidente Lula passar a contar com o apoio do deputado Robinson Faria (PMN), Henrique Eduardo informou acreditar que ele passe a apoiar a candidatura de Fátima Bezerra. “Tive uma conversa muito boa com ele. E acho ele fundamental para o projeto porque não agrega só quantidade, mas qualidade ao projeto”, disse, referindo-se a Robinson Faria.

O deputado federal disse também que assegurou ao presidente da Assembléia Legislativa que não há nada fechado para 2010 com relação a nomes para disputar cargos. E que isso só será discutido quando for o tempo certo até porque a composição de agora tem vários nomes que pleiteiam a candidatura ao governo daqui a dois anos. “Tenho simpatia pelo projeto dele (Robinson Faria) mas não é a hora de discutir isso”, avaliou.

Composição está consolidada em Natal, afirma Garibaldi Filho

Consolidada. É desta forma que o presidente do Congresso Nacional, senador Garibaldi Alves Filho, avalia a aliança formada entre PMDB, PT e PSB em torno da candidatura da deputada Fátima Bezerra (PT) à Prefeitura de Natal. Para Garibaldi Filho, não se trata de “acordão”, mas de uma composição para assegurar a Natal um melhor projeto político administrativo. “Por eu não ser radical, eu estou nesse palanque aqui que é, na minha avaliação, o melhor para Natal”. A entrevista foi concedida à Rádio 96FM, ontem pela manhã.

O senador argumentou que decidiu ingressar na composição porque ela traz a continuidade do governo de Carlos Eduardo e contará, para o futuro, com o apoio das administrações estadual (Wilma de Faria) e federal (presidente Lula). “Vou porque não é só o PT. É a própria Fátima. É o fato dela representar a continuidade da administração Carlos Eduardo. Ela tem uma perspectiva concreta de fazer o melhor para Natal”, afirmou, alegado que vai com todo entusiasmo para a campanha.

O senador contou que a composição foi possível a partir do momento que o prefeito Carlos Eduardo sinalizou com a possibilidade da governadora Wilma de Faria desistir de apoiar uma candidatura própria. Garibaldi Filho relembrou que a expectativa dele era que a composição fosse formada apenas por PT, PMDB e o prefeito. “O prefeito chegou à conclusão que a governadora poderia deixar de ter uma candidatura do PSB, como nós deixamos de ter a do PMDB, para apoiar uma candidatura do PT. E foi aí que se deu a convergência”, disse.

O presidente do Congresso explicou que não se trata de um acordo visando a sobrevivência política dos envolvidos, tanto que a questão 2010 não foi fechada. “Não é tentar engabelar o eleitor oferecendo obras e benefícios. Não tem nada disso. É um projeto”. E acrescentou: “As chances de vitória são muito grandes. Pela administração de Carlos Eduardo. Pelo perfil de Fátima. As pessoas precisam saber o que Fátima faz no dia-a-dia em Brasília. Natal precisa saber que ela tem acesso”. O senador observou ainda que não é o fato de deixar de ter candidatura própria que enfraquecerá o PMDB. “Nós poderemos ter uma composição agora, e em 2010 a gente pode ter um candidato a governador do Estado”, disse tratando o tema como hipótese.

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